OMS – Contribuição para os Guias de Boas Práticas da OMS
Em 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou documentos preliminares sobre “Boas práticas de fabricação para produtos em investigação” e “Boas práticas para instalações de pesquisa e desenvolvimento”. Após a consolidação dos comentários recebidos e a análise do feedback, as versões revisadas das duas diretrizes foram publicadas para uma segunda rodada de consulta pública.
A nova versão teve o seu escopo alterado para produtos em investigação apenas de uso humano.
Apresentamos abaixo uma síntese das principais atualizações dos drafts dos Guias.
Aspectos específicos para pessoal foram adicionados (por exemplo, as pessoas responsáveis pela produção e qualidade devem ser claramente identificadas e independentes, deve ser designada para a liberação dos lotes uma pessoa responsável).
Qualificação e validação: Em geral, a extensão pode ser diferente daquela necessária para a produção comercial de rotina e deve ser baseada na avaliação de risco.
Procedimentos de limpeza validados ou verificados devem ser seguidos para evitar contaminação cruzada.
A verificação da limpeza é definida em “Boas práticas para instalações de pesquisa e desenvolvimento” como o ato de demonstrar que a limpeza foi feita em um nível aceitável; por exemplo, entre dois lotes.
Os sistemas informatizados devem ser validados.
Materiais de partida: as especificações para ingredientes ativos e excipientes devem ser as mais abrangentes possíveis.
Produção: a fabricação deve ser controlada conforme apropriado para a fase de desenvolvimento e escala de fabricação.
A fabricação de produtos estéreis deve estar sujeita a todos os requisitos de BPF para produtos farmacêuticos.
Atenção redobrada deve ser dada ao treinamento do operador e à qualificação de sua técnica asséptica.
Qualidade (incluindo controle de qualidade):
Os procedimentos analíticos devem ser adequados para a finalidade pretendida.
As amostras de retenção devem ser mantidas até que o relatório clínico seja submetido às autoridades regulatórias ou pelo menos dois anos após o término ou conclusão do ensaio clínico (o que for mais longo).
Quando os dados e informações são armazenados como registros eletrônicos, tais sistemas devem cumprir os requisitos das diretrizes da OMS para sistemas computadorizados.
Recalls: O processo de recall deve ser testado rotineiramente e os resultados do recall simulado devem ser registrados para demonstrar a eficácia.
Envio:
A reembalagem ou reclassificação deve normalmente ser feita pelo fabricante ou por pessoal autorizado em um hospital, centro de saúde ou clínica que atenda aos requisitos.
Estudos de transporte devem ser realizados para estabelecer condições de transporte aceitáveis, incluindo temperatura e proteção contra luz.
Se necessário, um monitor de temperatura deve ser colocado ao lado do produto.
A remessa do produto deve ser embalada de forma adequada para garantir que chegará intacta ao destino.
Destruição:
O patrocinador é responsável pela destruição de IMPs não utilizados, parcialmente usados ou devolvidos. Normalmente, estes não devem ser destruídos pelo fabricante sem a autorização prévia do patrocinador.
Um certificado de destruição deve estar disponível.
Prazo para envio de comentários: 31 de Agosto de 2021.
Mais informações podem ser encontradas nos drafts intitulados “Boas práticas de fabricação da OMS para produtos sob investigação” e “Boas práticas da OMS para instalações de pesquisa e desenvolvimento de produtos farmacêuticos”, disponíveis por meio dos links: https://bit.ly/3DgUbWK e https://bit.ly/3t5q9kl.
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